A dica da semana traz um pouco de uma tradição de família a qual conheci na mais tenra idade e que me acompanha até hoje com seus aromas, sabores e lembranças. Mais crescido, continuei desfrutando de tudo isso, agora nas mãos mágicas de uma senhora que conheci nos idos de 77, Dona Nazira, e que se transformou com o tempo na depositária dos melhores momentos gastronômicos da minha vida, transformando o simples trivial diário em verdadeiros momentos de alegria. Pois bem, essa senhora, que trabalhou boa parte da vida cozinhando para a família, sempre muitas bocas, recebeu e desenvolveu todos os ensinamentos dados pela sua mãe e passou a cozinhar para fora tornando-se uma banqueteira de mão cheia, atendendo hoje sob encomenda, desde um simples pedido de salgados, até um almoço completo com pratos frios, quentes e sobremesas maravilhosas, com especialidade na cozinha árabe mais tradicional. Se optar por pratos da culinária árabe, além das esfihas folheadas de carne, experimente também a de verduras, além da de zattar que é uma especiaria de gosto acentuado e delicioso e kibes fritos, em tamanhos normal ou coquetel. Nos pratos frios, o tradicional kibe cru, perfeita mistura de carne de primeira, trigo e temperos, suaves e tão leves que nem parecem de carne, pastas de grão de bico (Homus), de berinjela com tahine (que é uma pasta de gergelim), tabule e fatuche de saladas. Este ultimo é diferenciado por não levar trigo na composição e um tempero especialíssimo, além da sua coalhada seca, absolutamente perfeita, nada ácida, um verdadeiro creme. Nos pratos quentes, charuto de folha de uva, ou repolho (recheados com carne e arroz), arroz com frango e amêndoas, kibe de bandeija assado com manteiga refinada, e para os dias mais quentes, um chichbarak (fala-se xixibáraque) uma deliciosa coalhada fresca e quente envolvendo capelettis de massa recheadas temperados com hortelã e outras delicias. Sobremesas de doces típicos, como o mahmoul (massa que desmancha na boca com recheio de tâmaras ou nozes) ataife (um pastel assado de nozes e ricotas) envolto em calda de flor de laranjeira e um torta chamada de indiana que é feita com coco queimado na massa, creme de ovos e coberta de damascos que só experimentando para falar. Dona Nazira atende por encomenda trabalha em sua própria casa no Paraíso e não exige um pedido mínimo para ser feito, basta que escolha, peça e se deleite. Aproveite o sábado. Ligue já! Tel. 3885.7031.
(Reprodução - Dica gastronômica Il Dottore)
50 comentários:
Pô Miltão,cheguei em casa,não tinha ninguém,eu cumaputa fome, e aí resolvo dar uma "ôiada"e dou de cara com um post desses...Cruel né?
Tá vendo ? Tá vendo ?
Bem feito !
Quem mandou escafeder-se...
Tracei a feijoadinha, que estava excelente !
Coisa de maloqueiro...a feijoada
Hoje REALMENTE não dava M,mas não faltarão oportunidades.Agora, feijoada ? Tô fora...Vais ter que se contentar com outra coisa.
Ah! E na volta pensei sobre o Fuca; estou c/ o hamBurger:tá caro!!
O M, vai no Habib's
Belair,
viu? Não quis pagar o almoço Deus castigou. hahahahaha
Quanto ao post, as esfihas folhadas são sensacionais.
Vale a pena conhecer.
eu ia, mas não encontrei ninguém, hahahahaha. como foi a visita na estrebaria dos jegues? aposto que o M aprontou alguma, no mínimo sumiram umas lâmpadas daquelas bem caras. tampa de óleo devem ter sumidos de todos os carros.
tirei o dia para lavar a moto e o porschinho, desmontei tudo e meti limpabaú e wap.
agora vou numa paella aqui na granja mesmo.
Foi muito boa. Não ficou só nos jegues. Vimos de tudo, aliás coisa que eu nem imaginava que já tivesse aqui.
O melhor foram as Maseratis.
Porca Miséria, cada carro lindo!
Zullino,
Pare de contar mentira !
VC táva fazendo um bico no lava-jato do comparsa prá levantar um trôco.
E a tal paella é um sarabulho no bar do Ceará...
Não moro em pombal, na minha casa tem garagem, páteo e máquina Wap para lavar carros. Só levo no comparsa quando estou com preguiça. Ninguém lava melhor um carro que eu.
Então pode vir aqui lavar 4 amanhã cedo !
Não faço trabalho à domicílio ainda. Pode trazer amanhã que eu empresto a máquina, água e sabão, querosene e limpabaú. Ainda supervisiono para ver se você trabalha direito.
Maledettos! Voces querem me quebrar...
Longe disso, queremos apenas ver o M trabalhar um pouco e se mexer um pouco. Vou deixar uma ambulância de prontidão.
Nesse ponto eu concordo!
Já reservei o lugar ideal para o M.
De inicio vai passar pretinho nos pneus, assim perde a barriga...
Voltando ao assunto principal do post, sou um apreciador da cozinha arabe.
Morei no bairro do Paraiso e frequentei muito os restaurantes da região.
Entre eles o Bambi (nada a ver com tricolores do Morumbi), fundado em 1951 na Al. Santos e que reabriu recentemente no Jd Paulistano.
De lá sairam muitos pratos que ficaram famosos, como o sanduiche Beiruth e a sobremesa Chocolamour, cuja receita (familiar e secreta) da farofa que a acompanhava, foi muito imitada mas nunca igualada.
Da mesma familia, (Sader) tinha o restaurante Flamingo na Rua Augusta.
O Jacob, na região da 25 de Março, tambem executava pratos da cozinha arabe com capricho, apesar de estar numa região mais comercial.
Dona Vitória, que fazia um dos melhores Kibes Crus da cidade, executava ela mesma, com mais de 80 anos a receita, no Restaurante da Juscelino Kubistchek, o Brasserie Vitória.
Lembrando que tambem o Camelo da Rua Pamplona, nasceu "turquinho" antes de se tornar a famosa Pizzaria.
Com isso, a dica do causídico (tá bem de sogra hein, comparsa?), me deixou com agua na boca.
Pois um Charuto de folha de uva, um Peixe Taratour ou um Chichbarak bem feitos, não tem preço...
Valeu pela dica, Dottore!
Vamos pro teste!
F250GTO,
hoje li sobre o Bambi e fiquei com vontade ir até ler que os primeiros que assinaram o livro de celebridades foram o prefeito Kassab e o presidente do Itaú, Roberto Setubal.
Pelo nível, acho melhor eu não ir.
Vixe! Frequentar esses lugares junto com esse pesoalzinho é dose.
Mas como eles já foram embora, acho que o kibe não vai nos fazer mal.
Estou precisando dar uma passada por lá.
O Edgar dono do Bambi, é meu amigo de infancia (iamos juntos ao Circo do Arrelia, putz!)
Na verdade, eu fiquei mais preocupado com o preço do lugar, mas se o dono é amigo, aí não tem perigo.
Acredito que o Bonani citou o Roberto apenas para inferir que o lugar é caro. Como o tio conhece o Roberto pessoalmente e muito bem, jamais faria mal juízo de uma pessoa tão simples e boa gente. Além disso, é fã de fuscones, tem um e usa.
Quanto ao Kassab deixemos as urnas decidirem.
Conheci o Bambi muito bem, almoçava lá quase uma vez por semana, na pessoa jurídica evidentemente. Em todo caso, acho que não devia ser caro.
Estava lá quando explodiu a cozinha e destruiu totalmente o restaurante, uma tristeza de todos, da dona coitada que chorava, dos garçons e cozinheiros e ajudantes, não sobrou nada.
Zullino,
é isso mesmo!
F250GTO: Ali na Domingos de Moraes era o território com tres frentes, o Jaber, a Catedral e um outro da família Sader (eram seus parentes ??.
Sempre fui muito frequentador do Bambi (nada a ver com o "Campeão voltou !!"),o Paraíso é minha casa, o Jacob que ficava num beco da 25 de março, por conta dos amigos e trabalho, o velho e verdadeiro Almanara na Abdo Schain, assim como na D. Victoria da 25, não o da JK.
A cozinha mais refinada, entretanto, é a do Arabia por disponibilizar pratos fora do cardápio habitual.
Esqueceram do Emporio São Jorge na rua Eliseu Guilherme no Paraíso também. Era uma venda, vendiam produtos e comida pronta, mas depois começou a fazer uns beirutes e esfihas, comia-se de pé no meio das mercadorias. Hoje tem um pequeno salão com mesas.
Bom, então eu vou dar uma superdica de restaurante arabe, e ainda, pedir de sobremesa o choco l'amour e farofa farofino, do Bambi.
Mexam-se evão almoçar no Farabbud Alameda Dos Anapurus, 1253
Moema (11) 5054-1648, na Anapurus, atras da Darco.
Lá estão os antigos proprietårios do Bambi, que junto com 1 dos filhos, fazem a melhor comida arabe de Sampa.
e a sobremesa, vcs sabem como é: DIIIIIIIIIILIÇA!
Don Nardine,
belo relato...parabens!
coisa de ferrarista !!
Como eu disse, a familia Sader tinha os restaurantes Bambi e o Flamingo.
Dois irmãos, Louis e Fares tocavam as casas.
Com a morte deles, os restaurants continuaram nas mãos dos filhos, mas passaram por crises e o Flamingo fechou primeiro.
O Bambi tambem com problemas se arrastou por mais tempo, mas entre outras coisas teve o acidente (explosão) em sua cozinha e tambem fechou.
E aconteceram os desentendimentos entre irmãos e primos, entrando aí inclusive a famosa receita secreta da farofa do Chocolamour, que uma das partes resolveu industrializar (eca!).
O nome Bambi tambem entrou na dança e liberado agora, rebatizou o Restaurante Beldí que pertence ao Edgar Sader, filho do Louis.
Aquele pedaço do bairro do Paraiso, era tomado pela culinaria árabe.
Em frente ao Bambi tinha tambem o Miami e na Bernardino de Campos o Aladim, alem das casas lembradas pelo Zullino.
Grazie, Cugino DesFalque.
Todos os amigos que se manifestaram aqui com suas sugestões, experiencias e etc..merecem uma recompensa..
Concordo, Gilles.
Proponho que o Don Bonani pague um almoço para Diretoria lá no Farabbud, mas pode deixar que eu pago o meu Chocolamour, hehehe
FEITO!!!
Pode marcar.
Aguardando quorum, Don Bonani...
Dentro !
Tumbein !!
Para mim, o melhor dia é domingo. Até faço uma força para ir no sábado, mas domingo é mais "tranquis"...
Domingo é ruim para mim por conta da familia.
Meu voto vai para o sábado.
Com o Relator...sábado
OK, vou tentar convencer o "herdeiro" a almoçar kibe (que ele adora) e largar o spaguetti alho e óleo da vovó! Malvados!!!
Nesse sábado?
Também poderia ser um jantar durante a semana...ou não??
Por mim, pode sim ser um jantar durante a semana.
Seria como se fosse uma pizzada.
Agora vc tão falando minha lingua...
E comida arabe a noite cai bem, é leve, etc.
Só que o Farabbud fecha as 23:00hs.
Pra mim tá ótimo,não preciso ir além das 23.
E não cobro nada p/ explicar o cardápio,viu?
Já estou babando só de pensar no kibe cru e numa esfiha de que não lembro o nome...fora o arroz marroquino, os charutos, o chocolamour...afee!
Eu como durmo cedo até prefiro.
Realmente ter um 'brimo' para explicar as comidas é uma boa.
Então marquem pô !
Quinta-feira, 13/08/2009.
Pode ser?
Por mim tá ÓtEmo...
positivo e operante!....19:30? 20hs?
ótEmo again,mas vá ao sub Racer.
PARA QUEM NÃO SABE, O IRMÃO FARES NEM HAVIA CHEGADO AO BRASIL NA ÉPOCA DO FLAMINGO. e ESSE SR LOUIS FOI UM DOS PARTICIPANTES MAS, FICAVA MUITOOOOO LONGE DAS PANELAS. ESTAS SIM FICAVAM A CARGO DE OUTROS PERSONAGENS. MAS ISSO É OUTRA HISTÓRIA. CrisFarah
Álias, por que foi realmente que o bambi fechou as portas? Alguem sabe dizer? E a receita do chocolamour, e servida como a original?. Quem sabe?. E quem foi mesmo que criou o sandiche Beiruth e onde, segundo o sader em matéria a revista Época?
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