segunda-feira, 30 de março de 2009

INFORMAÇÃO TOTAL

(sabem tudo...) A temporada de Fórmula-1 de 2009 começou quente com a BrawnGP fazendo dobradinha e as chamadas equipes grandes suando para não tomarem volta deles. Pois bem! Se você quiser saber tudo o que acontece no mundo da F1, mas não tem tempo e nem paciência de ficar entrando e saindo dos milhões de Sites e Blogs do esporte, clique em F1TOTAL.NET . Este é um Site que engloba notícias das melhores publicações estrangeiras sobre o assunto, facilitando a vida do leitor. Além disso, tem um arquivo histórico monstruoso sobre tudo que diz respeito ao automobilismo. Esse não dá para perder.
(Reprodução - Dica do Mestre Zullino que é o Mister F1TOTAL)

5 comentários:

Roberto Zullino disse...

Obrigado tio Buonanno pela menção da obra de utilidade pública que é o www.f1total.net

Tudo "dis gratis", uma enciclopédia com todos os GPs, carros, pilotos, temporadas desde 1906, todo mundo só tem desde 1950, o que é uma injustiça, os GPs já existiam antes e o carros também, mas tudo girava em torno de um campeonato europeu. É só entrar em history e ir navegando, a enciclopédia segue o conceito da Wikipídia, fazemos os foristas trabalharem, hahahahaha.

A página inicial "rouba" todas as notícias de todos os sites de f1 do mundo e seu default é em inglês. Evita que o internauta tenha que colocar um monte de favoritos no browser, pelos nossos controles 90% dos que a acessam a colocam nos favoritos.

Não recomendamos que se leiam notícias em sites brasileiros, pois a maioria é muito mal traduzida por estagiários "pouca prática".

A página, no entanto, permite que facilmente se compare notícias em vários idiomas provando a Lei de Lavoisier, todo mundo copia todo mundo.

Pessoas sensíveis e muito patriotas não devem entrar no fórum, poderão ficar horrorizadas. Fala-se mal de todo mundo menos do Bernie e do Max, dois gênios, o resto recebe tratamento JUSTO, mas implacável.

Também gravamos um programa de radio, BLZ, quando tem GP, são quase duas horas de conversa entre Brandes, La fontaine e Zullino, o La Fontaine é o mesmo das fábulas porque em corrida o que tem mais é cascata.

Não exigimos qualquer interação ou retorno, podem pegar o que quiser, está lá para preservar a memória do automobilismo e informar.

Luís Augusto disse...

Conheci do site no último fim-de-semana, realmente é muito bom. O forum, como já disse o Roberto, não é recomendável a menores de 18.

Roberto Zullino disse...

Obrigado Luís Augusto, o teu blog também é excelente. Entro sempre e procuro informar o que lembro.

O forum é isso mesmo, na realidade não é um forum do tipo orkut da vida onde saem brigas homéricas. Não há muitas discordâncias entre os foristas e muito menos conflitos. Tem bastante informação, somos o único lugar para se entender o Kers, mas a linguagem e as posições não são recomendáveis às pessoas sensíveis e/ou patriotas e fãnzocos. Lá piloto só perde corrida, quem ganha é o carro. No entanto, o tratamento é justo, quando tem que ser elogiado é elogiado. O que existe é que o forum é meio ideologizado pelos administradores e inibe a manifestação pueril de coisas tipo patriotismo, tietagem, "inguiniorância" e outras coisas muito a gosto da molecada.

Quem gosta de filmes tem o link F1Tube http://www.f1tube.net/ com mais de 7 mil filmes sobre Formula 1.

Roberto Zullino disse...

Objetivando esclarecer a polêmica do KERS, resumo aqui as explicações das pastas sobre o KERS do fórum do www.f1total.net

Basicamente existem 2 tipos, o de baterias e o de fly-wheel ou volante.

Em ambos é usado um motor gerador acoplado em algum lugar do conjunto motriz, pode ser no câmbio ou pode ser na ponta do virabrequim entre o motor e o piloto, exatamente embaixo do tanque de gasolina. É uma peça pequena, mas gera seus 70 a 80 cavalos.

A confusão instalada e estimulada pelos globais é o freio, com o povo achando que a energia dos freios é que vai gerar alguma coisa.

Pois bem, não vai, a rigor nem precisaria de freio para se ter um Kers, embora o muro nesse caso irá certamente sair ganhando. O freio aciona o mecanismo, apenas isso. Ao pisar no freio o gerador é engatado "comendo" uma parte da energia cinética que antes ficava só para os freios e se dissipava em calor nos mesmos. O Kers é análogo ao freio motor usado por todos em suas incursões de pintacudas, nada de novo.

A energia elétrica gerada é armazenada de alguma forma, existem duas:

1-Baterias com todos os inconvenientes das mesmas, peso, pouca disponibilização instantânea de eletricidade, risco de explosão, custo. Tem a vantagem de seu peso poder ser distribuído conforme o gosto do freguês. Esse nos parece o sistema adotado pela maioria. Na hora que o piloto acelera, as baterias liberam energia elétrica para o motor/gerador acoplado no conjunto motriz.

2-Fly-Wheel - Nesse caso, a energia do gerador (localizado em algum lugar do conjunto motriz) é enviada para um volante que TAMBÉM é um motor gerador, mas de outra liga. A bagaça gira entre 50 a 100 mil rpm e é feita de fibra de carbono com pedaços de metal na massa de forma a poder funcionar como motor gerador, motores e geradores usam magnetismo e tem que ter ferro na composição.
Na hora que o volante recebe a energia gerada do motor gerador, o mesmo passa a funcionar como motor e vai aumentando a rotação até chegar nos digamos 70 mil rpm e pela própria inércia fica armazenado energia cinética. Na hora que o piloto acelera, esse volante que está a 70 mil rpm passa a funcionar como gerador usando a rotação acumulada, ou seja, a energia cinética acumulada para gerar energia elétrica.
O motor/gerador no conjunto motriz recebe a energia elétrica enviada pelo volante e disponibiliza os 80 cavalos durante 6,7 s diretamente no conjunto motriz. Esse é o sistema da Williams e parece-nos mais vantajoso, embora o volante seja meio incômodo de se localizar para ajudar na distribuição de massas do carro.

Portanto, a única diferença entre os dois sistemas é o método de armazenamento da energia. Um usa baterias e outro um volante. Ambos tem suas transformações de energia cinética em energia elétrica e depois energia elétrica em cinética. Talvez hajam perdas no processo, mas isso veremos. Em todo caso, perdas não devem ser muito importantes, visto serem todos carros de corrida com potência de sobra para se jogar fora. O importante é garantir os 80 cavalos a qualquer custo.

Existe ainda um terceiro sistema que é direto. Ao se pisar no freio um volante análogo ao do caso 2 passa a "roubar" energia cinética do conjunto motriz e vai acumulando energia cinética também girando entre 50 a 100 mil rpm. Quando o piloto acelera, esse volante engata de novo e disponibiliza as 50 a 100 mil rpm no conjunto motriz devendo dar uns 80 cavalos por 6,7s. Nesse caso como vimos não há eletricidade e não há transformação. A energia cinética é armazenada e volta sob comando. Não há motor, bateria, o que há é um volante girando loucamente e armazenando energia.

O freio causador de tanta confusão global é apenas um comando, poderia ser substituído por um reles botão. O piloto apertaria e o gerador do conjunto motriz engataria. No entanto, isso seria uma momice, se já existe o pedal do freio que cumpre bem a fuñção para que complicar e obrigar o piloto a mais uma tarefa inútil. No caso da aceleração é usado um botão, pois há obrigatoriedade de se cumprir os 6,7s (é automático), além do piloto poder escolher quando usar. Nesse caso só dá para fazer comandado, o carro ainda não aprendeu a ler o "célebro" do piloto para saber isso. No caso da acumulação de energia é diferente, sempre quando se breca se quer acumular energia e nada melhor se usar o pedal de freio como o acionador da coisa toda, isso já dizia o Conselheiro Acácio, mas estamos saindo fora.

O sistema dos globais é sui generis e seus inventores irão receber um Nobel. Nesse caso, a contribuição não seria apenas para a F1, mas sim para uma humanidade cada vez mais dependente de termelétricas, ou seja, usinas que transformam calor em energia elétrica e que são instalações enormes.

O sistema a grosso modo teria que ser da seguinte forma: uma panelinha com água em cima de cada freio para captar o calor dos discos e das pinças para ferver água e gerar vapor. O vapor giraria uma turbininha que geraria eletricidade que seria acumulada. Fácil, limpo e elegante esse sistema, mas o problema seria o tamanho, para fazer isso o sistema teria que ter umas duas toneladas. Aí que reside a competência e malemolência dos sábios globais. A coisa é toda em miniatura. Não reparei, mas uma solução seria de se ter um outro carro ou uma Kombi acoplada ao carro de corrida com os dois ligados por um fio, resistente imagino. Soube que a Nasa e a GE estão atrás dos sábios. Sempre achei que essas termelétricas da GE podiam ser melhoradas e que americano é que não tinha competência para fazer isso.

Como se vê, o Kers é uma coisa razoavelmente simples, deveria se usado em todos os carros Milho, ao necessitar ultrapassar era só apertar um botão e se teria uns 30 cavalos de um motor elétrico que poderia ser motor de partida também. A maioria das peças é conhecida, mas devem ter uma construção um pouco mais sofisticada que as encontradas na Santa Efigênia, mas são similares, solenóides, bobinas, conectores, motores, bendix, coisas da época de Thomas Edison e Nicolas Tesla, final do século 19. Se a opção for pelo fly-wheel simples nem isso, a bagaça nem usa eletricidade.

O mais engraçado é que bastaria um jornalista perguntar para qualquer um do meio e receberia a explicação, ou mesmo, entrar na internet e ler a coisa toda. Podem notar que não há um site brasileiro que explique. Ou não sabem ler inglês, ou tem preguiça ou são jegues, ou as 3 coisas juntas.

A aplicação é interessante. No ritmo de entendimento que a imprensa especializada nos informa, acredito que em 3 décadas já estaremos preparados para pressionar o poder público para que o mesmo obrigue os fabricantes a colocarem Kers em nossos carros Milho, mas nesse caso se agrega a competência governamental, o que estica o tempo para uns 60 anos, o que não deixa de ser um absurdo, a coisa é tão simples que poderíamos ter Kers hoje. Vou na Santa Efigênia amanhâ comprar as peças e fazer um.

Buonanno disse...

Valeu Zullino!

Boas explicações.

(Apesar que o kréber machadim não falou nada disso.) hehehe