(que sede!)
Em se tratando de vinho, para nós que somos apenas apreciadores, fica muito difícil de identificar certos problemas. Dentre tantas dicas, há até quem sugere cheirar a rolha para tentar identificar algum sinal de perda de qualidade. O fato é que se não for muito flagrante a maioria de nós pode beber sem notar. Por isso, é muito importante conhecer o produto ou ter confiança na casa. Certa vez estava com um grupo de amigos e fomos jantar no restaurante “O Madeirense” que fica no Shopping das Amoreiras em Lisboa e, como era de costume, cabia sempre a mim a “dolorosa” tarefa de escolher o vinho e de aprová-lo como recomenda a tradição. Escolha feita, talvez um João Pires, mas disso já sem tanta certeza, experimentei e aprovei a escolha num gesto de autorização implícita para que fosse servida às demais pessoas. A moça que nos atendia serviu a todos e em seguida retirou-se. Passados alguns instantes ela retornou e pediu desculpas porque o vinho não estava com a aparência normal. Ficamos surpresos com aquilo, mas ela retirou imediatamente a garrafa e abriu outra do mesmo vinho. Claro que nós pedimos explicação e ela nos disse que, do outro lado da sala, seu colega havia identificado que o vinho não estava tão cristalino e claro quanto de costume. E, de fato, comparando-se a segunda com a primeira garrafa, foi possível a nós leigos observarmos a diferença. O que nos chamou a atenção naquele episódio foi o respeito com que os portugueses tratam da questão do vinho. Lá, ele é coisa séria!
Em se tratando de vinho, para nós que somos apenas apreciadores, fica muito difícil de identificar certos problemas. Dentre tantas dicas, há até quem sugere cheirar a rolha para tentar identificar algum sinal de perda de qualidade. O fato é que se não for muito flagrante a maioria de nós pode beber sem notar. Por isso, é muito importante conhecer o produto ou ter confiança na casa. Certa vez estava com um grupo de amigos e fomos jantar no restaurante “O Madeirense” que fica no Shopping das Amoreiras em Lisboa e, como era de costume, cabia sempre a mim a “dolorosa” tarefa de escolher o vinho e de aprová-lo como recomenda a tradição. Escolha feita, talvez um João Pires, mas disso já sem tanta certeza, experimentei e aprovei a escolha num gesto de autorização implícita para que fosse servida às demais pessoas. A moça que nos atendia serviu a todos e em seguida retirou-se. Passados alguns instantes ela retornou e pediu desculpas porque o vinho não estava com a aparência normal. Ficamos surpresos com aquilo, mas ela retirou imediatamente a garrafa e abriu outra do mesmo vinho. Claro que nós pedimos explicação e ela nos disse que, do outro lado da sala, seu colega havia identificado que o vinho não estava tão cristalino e claro quanto de costume. E, de fato, comparando-se a segunda com a primeira garrafa, foi possível a nós leigos observarmos a diferença. O que nos chamou a atenção naquele episódio foi o respeito com que os portugueses tratam da questão do vinho. Lá, ele é coisa séria!(Reprodução - Colaboração do Quintal que é brother há mais de 30 anos, apreciador e produtor de bons vinhos)
3 comentários:
Muito boa a materia.
Aborda o assunto de forma leve e despretenciosa, sem a arrogância característica dos "enochatos".
Parabéns, adorei.
Ai Jisuuuiiiiissss...
Além de escrever muito bem, O Quintal conhece cada "causo"...
Bela contribuição! Retorne sempre!
Conheço uma situação em que ocorreu justamente o contrário: um grande cliente de uma boa loja de vinhos devolveu uma caixa inteira que havia recentemente comprado, alegando que o vinho não estava bom. O somelier prontamente se propôs a experimentar o vinho até mesmo da garrafa que havia sido aberta dias antes verificando que não havia nada de errado. Experiente, entabulou conversa amistosa com o cliente, quando descobriu que este havia provado o vinho após uma discussão com sua esposa que o deixara muito chateado. Após o desabafo, e verificando que o cliente estava mais calmo porque havia feito as pazes com a esposa, convenceu-o a abrir outra garrafa da mesma caixa, quando o cliente pode constatar que nada de errado havia. Moral da história: o bom atendimento fideliza os clientes, que até aceitam pagar um pouco a mais por isso.
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